Para Mike Krieger, serviço é forma de documentar manifestações.
Instagram ganhou função de vídeos nesta quinta-feira (20).
O brasileiro Mike Krieger, engenheiro cofundador da rede de fotos Instagram - adquirida pelo Facebook, no ano passado, por US$ 1 bilhão - diz estar “superinteressado nos vídeos que serão criados [pelos usuários do serviço] durante os protestos” em todo o Brasil.
“Não sei se usar o Instagram é uma forma de protesto ou não, mas certamente é uma forma de documentação”, disse Krieger ao G1, por telefone, na tarde desta quinta-feira. “Uma das áreas maior potencial [do serviço] é contar histórias de forma real, atual e autêntica”, comenta o executivo.
Os protestos no Brasil foram tema de um post no blog do Instagram (veja aqui), na quarta-feira (19). “O que eu amo no Instagram é que, como as fotos são tiradas do celular, você tem um flash da realidade”, afirma o confundador do serviço acessado, diariamente, por 130 milhões de pessoas no mundo.
Ao falar dos bastidores da criação da ferramenta de vídeos, que foi a missão principal do Instagram nos últimos dois meses, Krieger conta que a ideia não é exatamente concorrer com o YouTube - serviço de vídeos do Google onde chegou a ter um canal, em 2009, de covers no violão.
"Temos uma comunidade superforte, que escreveu muito nos últimos anos principalmente no Brasil, na Rússia e em outros países e queríamos dar essa oportunidade de criar e registrar momentos de uma forma mais rica", conta o engenheiro.
10 segundos
Krieger estima que a maioria dis vídeos registrados no Instagram tenha uma duração média de dez segundos. Ele conta que a decisão de permitir vídeos de até 15 segundos - o concorrente Vine, do Twitter, permite o máximo de 6 segundos - foi tomada após testes práticos em conjunto com Kevin Systrom, cofundador e CEO do Instagram. "Se o vídeo for curto demais, quando você está começando a contar uma historia ele corta", explica.
Conteúdo adulto
Questionado sobre a possibilidade de que vídeos com conteúdos adultos se espalhem no Instagram - o que já ocorreu com o Vine -, o cofundador do serviço assegurou que o sistenma de controle de conteúdos contiua agressivo. "Queremos que as pessoas se sintam seguras ao acessar o Instagram. Com o vídeo isso continua. Nossa meta é manter o mesmo controle", diss eo executivo. Segundo ele, o principal controle vem dos próprios usuários, que denunciam conteúdos impróprios.
'Cinema'
Ampliar a oferta do recurso "Cinema", que ajuda a estabilizar imagens na gravação, para o iPhone 4 e a dispositivos com o sistema Android é uma das prioridades da equipe do Instagram. Segundo o engenheiro, o recurso está disponível domente para os aparelhos Iphone 4S e iPhone 5 pela capacidade de processamento e porque se adaptou mais rápido à plataforma da Apple.
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